O bitcoin opera em forte queda nesta segunda-feira (13), em meio a um pessimismo generalizado no mercado em relação à situação da economia norte-americana, com crescimento nas apostas de uma recessão.
Por volta das 17h00, a principal criptomoeda do mundo recuava 15,36%, cotada US$ 23.203, no menor valor desde dezembro de 2020 e distante da máxima de novembro de 2021, de US$ 67 mil. Já o ethereum caía 16,76%, a US$ 1.228, no menor valor desde janeiro de 2021.
Na semana anterior, o bitcoin chegou a se recuperar de perdas nos primeiros meses de 2022 e superou a casa dos US$ 30 mil, com um aumento no fluxo comprador. Especialistas afirmaram que movimento é devido ao chamado “short squeeze”, que é quando traders apostam na queda do ativo e são liquidados em cascata, “sendo obrigados a encerrar suas posições vendidas”.
A queda no mercado de criptomoedas ocorre no mesmo dia em que o mercado opera com cautela à espera das reuniões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil.
Os investidores aumentaram o pessimismo em relação ao quadro econômico global, com o retorno de restrições na China devido à Covid-19 e os ciclos de alta de juros nas maiores economias do mundo gerando uma aversão maior a riscos, retirando investimentos em mercados considerados mais arriscados, como o de criptoativos.
O principal fator para o pessimismo, porém, está ligado ao risco de uma recessão na economia dos Estados Unidos, que começou a subir juros para lidar com a maior inflação no país em 40 anos.
Os rendimentos dos Treasuries, títulos do Tesouro do país, de dois anos subiram acima dos custos de empréstimos de 10 anos nesta segunda-feira —a chamada inversão de curva que geralmente prenuncia uma recessão econômica— devido às expectativas de que os juros podem subir mais rápido e mais do que o previsto.
O cenário já fez analistas apontarem que o bitcoin e outras criptomoedas estariam novamente no chamado “inverno cripto”, caracterizado por um período de esfriamento do mercado de criptomoedas, com ativos em queda. CNN